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Apresentados

Elias António de Sousa

O cônsul-horário em Durban Elias António de Sousa nasceu em 1942, na freguesia da Madalena do Mar, no concelho da Ponta do Sol. A distância de então de outras escolas no Funchal que permitissem continuar os estudos levam a que comece a trabalhar cedo. Com 12 anos já labora na indústria da banana, numa empresa do Funchal, e ainda no comércio. Assim, é a sua vida naquele lugar tão perto e tão longe, até 1961, ano em deixa a Madeira. Vai ter com um irmão e com um primo que estão na África do Sul. Além de ter pela frente um mundo cheio de oportunidades, é a idade ideal para não ter de cumprir o serviço militar obrigatório. Vai de barco até ao Porto Santo, e dali faz o resto da viagem de avião. Desde que chega à África do Sul, a cidade de acolhimento desde sempre, ao longo da vida, é Durban. Aposta no próprio negócio No início, trabalha em negócios familiares. Mas depressa quer ter e abre o seu negócio próprio. Em 1965 já o tem. Casa em 1968 e, um ano depois, nasce um dos...

Alexandre Mendonça

Vocação sacerdotal


Alexandre Mendonça nasceu a 19 de Outubro de 1954. Deixa a Madeira onde nasceu na freguesia de São Pedro, com 12 anos. Foi ter com o pai à Venezuela, que havia emigrado uns anos antes. Primeiro foi a mãe e o irmão velho. Depois segue com outro irmão. Um outro fica na Madeira com a avó.

por: Paulo Camacho

A guerra de África tem grande influência nesta opção de seguirem para a Venezuela. Acompanha-o na viagem para Caracas o desejo de ser sacerdote.
Pensa voltar à Madeira para estudar no Seminário. No entanto, apercebendo-se da situação económica
dos pais, que considera não ser nada fácil, decide ficar e ajudar na capital venezuelana.
Como todos os rapazes que lá chegam, começa a trabalhar numa padaria.
Trabalha depois em restaurantes. Chega a sócio da padaria e de uma cadeia de supermercados.
Aos 26 anos ingressa no Seminário em Caracas. Com 33 anos é ordenado sacerdote. Durante a atividade como pároco, esteve cerca de 15 anos numa zona bastante difícil da capital, Petare, em Campo Rico. Foi capelão da polícia metropolitana.
É ecónomo da Arquidiocese de Caracas, cónego da catedral, diretor da Casa Sacerdotal (dos padres mais idosos) e diretor da Missão Católica Portuguesa. 
Atende todos, não só a comunidade portuguesa, nas três áreas da ação pastoral. Tem duas capelas nos dois clubes de Caracas e a sede da Missão Católica.

Além destas atividades, faz rádio e artigos de imprensa.
O padre Alexandre, como era conhecido, dizia que se inseria bem na vida da comunidade madeirense. Na que vive bem e naquela que vive menos bem.
Reconhece que havia uma insegurança crescente no País. Por ser padre, dizia que podia beneficiar do facto de ter alguma segurança ao saberem que não tinha grandes fortunas. No entanto, admitia que o que passava à sua volta afetava-o da mesma forma que às outras pessoas.

Referia em dado momento da sua vida que, se pudesse recomeçar, voltaria a seguir o mesmo caminho. Talvez, se fosse possível, teria optado pelo seminário na Madeira. Mas não gostava de falar de suposições. Embora viesse com frequência à Madeira todos os anos, como na vez em que conversamos, dizia que não pensava regressar de vez. Enquanto se sentisse útil à comunidade sublinhava que não seria sensato da sua parte que tomasse essa opção, embora sublinhasse que se sentia feliz na Madeira onde referia que se fortalecia espiritualmente.
“É uma necessidade que tenho”, concluía o padre Alexandre que viria a falecer em Caracas, a 13 de outubro de 2021.

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